quarta-feira, 22 de abril de 2009

Aquele da chuva


Quanto tempo faz que você não toma um banho de chuva, caro leitor?
Não digo aquela chuva q te pegou desprevenido, do tipo “Ah, esqueci meu guarda chuva!”. Falo de tomar um banho de chuva por opção! Se divertir, curtir um momento mágico.
E não se importar de parecer uma grande criança! Procurando bicas, correndo debaixo de um toró! Se maravilhando com os relâmpagos ao longe e aqueles trovões como se o céu fosse cair. Tomar um banho de chuva e deixar que a chuva te lave. Que ela te limpe das preocupações. Um banho prá lavar a alma!
Lembro de uma vez em que tomei um banho de chuva com os amigos. Voltávamos de uma festa à noite. A chuva chegou linda, forte, súbita. Nos abrigamos. Mas se abrigar prá quê? Se o bom é aproveitar o momento! “Life social talk: Carpe diem!”
Decidimos sair na chuva. Assim o fizemos e corremos, feito loucos, corremos como quem corre prá encontrar um grande amor que está prestes a partir. Parece loucura? Pode ser, mas um pouco de loucura não faz mal. E quem disse que não existe uma lógica na loucura? Foi um momento especial. E o guardarei sempre.
Não precisa ser apenas um banho de chuva. Aproveitar essas coisas que estão ao nosso redor e por vezes nem nos damos conta; um sorvete com alguém, admirar um céu estrelado. Um pôr do sol que tire nosso fôlego. Um cachorro que nos acompanha, fielmente quando nos sentimos só e depois,do nada ele some. Subir numa árvore prá comer suas frutas “no pé”.
Escrevo estas palavras esperando a chuva...


Música do dia: No rain do Blind melon

quinta-feira, 9 de abril de 2009


Aquele dos mitos...


Fui enfeitiçado recentemente por uma sereia, uma siren....
Não meus caros, não estou louco, sonhando ou mesmo delirando, são os dias atuais, é a realidade e nela fui enfeitiçado.
Dizem alguns que os antigos mitos gregos, tinham características humanas, para se aproximarem de, sei lá um tipo de fábula, uma forma de prender, ou mesmo uma metáfora para algumas situações humanas (lembrem, não sou um estudioso de tais aspectos).
Já pararam para observar nossa realidade? Já encontraram deuses e seres fantásticos andando por entre nós humanos? Como um Hércules que hoje ao invés de usar de sua força física usa de seus vastos e potentes atributos mentais? E aquela aparentemente linda guria, que ao te encarar faz teu sangue gelar e você fica petrificado; Seria ela, a Medusa? Ex-namoradas ciumentas tal e qual deusa do amor. Ou o Deus da guerra Ares que não parece tirar férias faz muito tempo, assim como o seu parente hades.
Todos nós empregamos uma jornada, por vezes fantásticas, por este momento chamado vida, assim como Ulisses o fez; E assim como ele, enfrentamos desafios por vezes difíceis de transpor, nem todo homem conseguiu ser fiel, depois de uma verdadeira Calipso, fazer ofertas “tentadoras”; Ou ser ainda humano depois de um tempo com “uma” Circe? Prá que figura mais emblemática do que o minotauro? (Ou vocês achavam que a figura do corno, o homem com chifres de boi, fosse algo relativamente novo?). Ou quando, por vezes somos como Ícaro e sonhamos, voamos alto demais, descuidadamente, para depois sermos arremessados de volta ao solo?
Criaturas terríveis tomam outros aspectos, mas continuam fatais. Deuses caprichosos, manipuladores. Quem será que vai abrir mais uma caixa de pandora?(Vai que dessa vez a esperança não aparece!). As contas que se multiplicam? Oura nada mais, nada menos do que a Hidra que, ao ter uma de suas cabeças cortadas, duas surgem no lugar.
Ou mesmo se analisamos do jeito contrário ^^ , Hércules prá se sustentar, precisava de doze, sim DOZE trabalhos!!! E como não se lembrar de caronte, o barqueiro capitalista? Obrigando os mortos a pagarem a viagem de barco na travessia do Estige. Aquiles, por exemplo, nada contra a autoconfiança, mas vamos ter bom-senso e não nos esquecer dos detalhes!
Hoje, como nos tempos mitológicos, precisamos de Heróis, que nos inspirem que nos ajudem. Surgem alguns pretensiosos ao cargo, mas até agora, sem sucesso.
E veio a sereia, me enfeitiçou, até agora nãos sei como. Eu saí de casa sem levar minha porção de cera prá colocar nos ouvidos, prá resistir ao seu canto. E enfeitiçou. Eu parecia até o ciclope Polifemo que, cego, foi ludibriado. Pude me livrar do feitiço, por sorte... Até agora, pelo menos.
Achou o texto esquisito? Eu também. Mas a vida tem desses aspectos.... Estranho... Por vezes esquisito.